Antes de tudo, o princípio...

Uma história bem contada depende da capacidade humana de perceber. Ainda sim, é ingrata a tarefa humana de ver o mundo, afinal o "todo" é grande demais... Distante demais. 
Meu objetivo é simples. É a compreensão completa do universo, por que ele é assim e por que existe. (Stephen Hawking)
Essa não é a ambição do historiador, devo dizer... Procuramos coisas menos dramáticas, menos terríveis. Olhamos, portanto, para o tempo e para a humanidade. Como ambos se entrelaçam e se relacionam. A história, levando em consideração essa perspectiva um pouco mais melódica, é uma ciência que busca compreender o ser humano no tempo.
O objeto de estudo da História é, por natureza, o Homem. (Marc Bloch)
É difícil destacar da história a humanidade, e vice-versa. Nós, como espécie, quase que fundamentalmente criamos memórias a todo momento... Mas como assim percebemos isso como memória? O que isso nos faz lembrar?

Mais ainda: o que isso diz de nós?

Sendo assim, aqui estamos com um dos pequenos grandes dilemas da historiografia e do ofício do historiador: história não é memória. Memória não é história. História faz memória. A história estuda, procura, indaga, questiona, confunde, instiga e, por vezes, faz memória.

Não é possível ser audaz e prudente ao mesmo tempo, só se você se desdobrar, uma parte formulando hipóteses com audácia, e a outra, apontando dificuldades e requerendo provas. (Carlo Ginzburg)
O ofício do historiador exige coragem, audácia e persistência. No fim, talvez, tudo o que você pode aprender é a criar novas dúvidas e exercitar sua paciência para ir um pouco mais além.

Por vezes, isso é tudo que um historiador/estudante precisa. 

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